martes, 10 de noviembre de 2015

O lobo guerrilleiro de BENTO DA CRUZ


















BENTO DA CRUZ,  é un escritor barrosä morto  recente. Sempre ouvi falar dele  e da sua fama. Embora mas por coisas que se vão adiando não lera ainda nada dele.

      Acabei de ler o "lobo guerrilheiro", traduzido o galego. Gostei muito do livro, da forma da escrita, a linguagem e o ritmo de todo o romance.      

      O livro é fácil de ler. E   para qualquer pessoa que goste o conheça  o mundo rural galego ou ainda mais se é como o meu caso que seja  arraiano compreende e sintoniza mais fácil com a transmisão da hestoria. E ainda mais se o arraiano o é da região portuguesa de Montealegre,Tourem, Boticas, Pitoes das Junas, Travassos etc. aliás e especialmente Sendim, Padroso e Padornelos, e nesta banda, na galega, Sampaio, Tosende, Rubías, Calvos, Randím, Boullosa, Baltar, Montecelo, Quintá, San Martiño. Cito todos estes topónimos e muitos mais da margem barrosã são citados no livro. Para quem conhece a zona e as suas gentes e não acostuma a vê-los reflectidos na literatura tem um valor ainda maior.
     

     O protagonista  é um garda fiscal destinado em Montealegre e  destacado um tempo no posto de  Tourem. Ele, o lobo, nasceu  e vive  e os seus origens  e os da sua familia estão  em  Gostofrío , que é no lugar onde se desevolvem a maioria das historias.  Através de Lobo o protagonista narra-se-nos a relação do Barroso com a guerrilha galega e a utilização desta zona como acubilho para evitar os fusilamentos dos  perseguidos antifranquistas. Bento quer deixar pegada dos factos que ocurriram naquela altura tão tragica e na qual os republicanos andiveram,  a fugirem e a ficarem entalados numa ratoeira emtre o estado Novo de Salazar e o franquismo que na Galiza dominava todo é aniquilava inimigos políticos  até  onde  o foucinho so pudesse cheirar. O lobo namorase duma galega  que faz parte da organiçação  da guerrilha. Ela fica  escondida  e acolhida por uma familia na aldeia de  Padroso . Consuelo, que assim se chama,  era mestra na escola de  Sampaio e que tem de fuxir por ser alvo da Falanxe e  o novo orden legal que há da outra banda da fronteira. O autor vai relatando ações da guerilha galega especialmente do grupo de  Juan das Casas dos Montes que mais duma vez entrara  em alguma aldeia  para vingar a morte dalgum companheiro  guerrilheiro morlto por traição ou delação de algúm português. Bento é crítico com a garda fiscal do Régime de Salazar e a sua forma de atuar em  alguns casos  no que  a autoridade permitía o uso da arma de fogo para cumprir os seus cometidos e que  podíam matar sem serem juzgados por delitos ou  responsabilidades. Bento deixa muitos ejemplos  de traizos de portugueses  à guerrilha  no entanto a través do livro percebe-se que o geral foi o acubilho, a ajuda e a proteção dos fuxidos. Era o pobo o que como algo natural e generosamente ajudava os que precisavam. Reflicte o que se passa em qualquer sociedade que  chega a estar dentro da situação.  A visão de Bento a través do protagonista Lobo e uma mensagem de esperança, de positivismo na vida amte tamta negatividade na que toca viver naquel momento.  Mostra-nos em Lobo o homem generoso, namorado, terno,  o garda que sabe entender a situação, que se entemde cos galegos que sabe ,  como bom garda rural sem  pretensions de medrar. Além diso é amigo  de contrabandistas e gentes das aldeias. 

      Bento da-nos uma radiografìa do Montealegre politico  da época de lutas emtre caciques, emtre conservadores e liberais e as suas influências na vida ordinaria. . Caciquismo que pasava sempre pelas maus das  familias de sempre e que a política cambiava de mão emtre os ricos da vila, como em toda sociedade rural. Quer mostrar-nos um  Barroso igoal em todo á fronteira galega, para iso utiliza um trecho do livro e glosa muito  com muito agarimo a estancia de Lobo em  Tourem e as suas subidas da  Mourela e o recordo paera Pitões das Junas e a sua historia galega/portuguesa. Fez também uma olhada para o lado galego onde a través de Lobo e as suas amizades nas aldeias galegas quer darnos uma visão de como são as gentes da outra banda que a hestoria colocou a viver de costas viradas para os do outro lado da fronteira. Ele ve um povo trabalhador, atento, carinhoso mas diz ele triste.

      A tradução o galego é optima e as vezes não se sabe se o livro esta escrito em galego ou em português.

      Muito bom livro que me alegro de lê-lo e iniciar-me na leitura diste autor do que penso seguir a ler mais obras,  por ser ele o literato das terras do  Barroso.  
   
   

Aquí fica um pequeno  párrafo do livro,no que  reflicte a olhada do protagonista por lugares bem conhecidos.
   
Matina, matinando, levou de vencida grande parte da estesa chan da Mourela e ata agora sentíase exhausto. Sentouese num dolmen á beira do camiño. Tina en fronte a serra do XURES, bela e luminosa como unha catedral gótica. Nunca a vira así de tan preto e quedou moito tempo a ollar para ela en actitude de oración. Despois paseou os ollos en redor, por anchos horizontes de  pastos onde centos de vacas rebuldaban, enterradas en herba ata a barriga. Admirouse de non exergar ningún pastor. Ao tempo ainda non sabia que as aldeas da marxe dereita do Cávado tanguem o gado para a serra na primavera e aló o deixan ceibe todo o verán e parte do outono. De día  as vacas  espráianse  por montes e vales, pero á noite recóllenese en abrigadoiros ou curros  ao ar libre, onde se deitan  en círculo, coa cabeza para fóra, de maneira que forman unha barreira de cornos impenetrábel aos lobos.
.

No hay comentarios:

Publicar un comentario

Comentarios: