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domingo, 5 de febrero de 2017

Em tempo de inverno, voar a um verão de Lisboa. Pedro Moutinho & Mayra Andrade - Alfama

      O tempo é inverno. Inverno de chuva, misturado co frío. O ceu escoa  chuveiros, corisco,trevoãdas, e um vento  revoltado e zangado,  por vezes,  funga coa força do furacão.  É tempo  de oscuro, de  casa  na  fogueira  da lareira, de partilhar a conversa ou  reflectir   nesta lentidão de vida. 
     
          A chuva fugira  daquí ,  chegou depois de tempo de espera e  fez-se dona de searas, regatos, ribeiros, rios. A natureza ficava resseca, agora  a  floresta pinga toda cheia de humidade. O ceu anda todo revoltado, e  a vida ainda que parece chocada por à incomodidade agradeçe este tempinho que tinha de chegarmos para que a  natureza siga a ser a nossa . Para que  inze  dentro dela  a vida  coa agua do ceu  e que na explosão da  primavera  esta agua seja alimento nutricio o mato,  os arbores e os primeiros frutos da horta. 
        É tempo de inverno e chuva molhada e gelada  a bater-nos nos rostos já afeitos os frios das geadas que antes nos visitaram. 
      Este inverno, como os outros invernos, há de passar e  pronto o nosso tempo contado falará de mansidão do romper do día, dos primeiros calores e  do chiar ,  nos ninos,  dos primeiros paxaros nascidos na primavera. A vida vai e vem, muda de cor e volta o que era, mas sempre está ahí. Tudo está en movimento porque somos da natureza que está  sempre  a nascer, a crescer, a morrer e de novo a brotar. 
      Como contraste o tempo que temos porque não disfarçar-nos de verão e  voar para   um dia o  pôr-do-sol de Lisboa e dar um passeio por Alfama sentiindo  o cheiro de Lisboa  e a quentura duma  noite de verão que nos faça amolecer para escutar o que nos queiram dizer  as ruas,os  becos e as  ruelas de Alfama. Sentir a cidade  e olhar o Tejo e as estrelas da cidade da luz. Exalar o cheiro de Alfama. 

   
        E porquê não escutar esta  bonita interpretação  numa noite de verão em Alfama.

      Quando Lisboa anoitece como um veleiro sem velas Alfama toda parece uma casa sem janelas...
       Alfama fica fechada em quatro paredes de agua. Quatro paredes de pranto, quatro muros de ansiedade. 
      Fechada no seu desencanto Alfama cheira a saudade. 
      Alfama não cheira  a fado, cheira a silênçio magoado, 

https://www.youtube.com/v/=46j1KJCYeLs