Mostrando entradas con la etiqueta social. Mostrar todas las entradas
Mostrando entradas con la etiqueta social. Mostrar todas las entradas

miércoles, 6 de noviembre de 2019

«Cerca de 41% da população mundial tem menos de 24 anos. E está zangada…»


 THE GUARDIAN.

About 41% of the global population are under 24. And they’re angry… 

 

  (para leer el texto en español, o portugués, selecciona idioma)

A spate of large-scale street protests around the world, from Chile and Hong Kong to Lebanon and Barcelona, is fuelling a search for common denominators and collective causes. Are we entering a new age of global revolution? Or is it foolish to try to link anger in India over the price of onions to pro-democracy demonstrations in Russia?
Each country’s protests differ in detail. But recent upheavals do appear to share one key factor: youth. In most cases, younger people are at the forefront of calls for change. The uprising that unexpectedly swept away Sudan’s ancien regime this year was essentially generational in nature.
In one sense, this is unsurprising. Wordsworth expressed the eternal appeal of revolt for the young in The Prelude, a poem applauding the French Revolution. “Bliss was it in that dawn to be alive, But to be young was very Heaven!” he declared. Wordsworth was 19 years old when the Bastille was stormed.
Yet while younger people, in any era, are predisposed to shake up the established order, extreme demographic, social and political imbalances are intensifying present-day pressures. It is as if the unprecedented environmental traumas experienced by the natural world are being matched by similarly exceptional stresses in human society.
There are more young people than ever before. About 41% of the global population of 7.7 billion is aged 24 or under. In Africa, 41% is under 15. In Asia and Latin America (where 65% of the world’s people live), it’s 25%. In developed countries, imbalances tilt the other way. While 16% of Europeans are under 15, about 18%, double the world average, are over 65.
current protests are rooted in shared grievances about economic inequality and jobs. In Tunisia, birthplace of the failed 2011 Arab spring, and more recently in neighbouring Algeria, street protests were led by unemployed young people and students angry about price and tax rises – and, more broadly, about broken reform promises. Chile and Iraq faced similar upheavals last week.
This global phenomenon of unfulfilled youthful aspirations is producing political timebombs. Each month in India, one million people turn 18 and can register to vote. In the Middle East and North Africa, an estimated 27 million youngsters will enter the workforce in the next five years. Any government, elected or not, that fails to provide jobs, decent wages and housing faces big trouble.
Numbers aside, the younger generations have something else that their elders lacked: they’re connected. More people than ever before have access to education. They are healthier. They appear less bound by social conventions and religion. They are mutually aware. And their expectations are higher.
That’s because, thanks to social media, the ubiquity of English as a common tongue, and the internet’s globalisation and democratisation of information, younger people from all backgrounds and locations are more open to alternative life choices, more attuned to “universal” rights and norms such as free speech or a living wage – and less prepared to accept their denial.
Political unrest deriving from such rapid social evolution is everywhere. Lebanon’s “WhatsApp revolution” is a perfect example. Yet some protests, such as those in Hong Kong and Catalonia, are overtly political from the very start.
Young Hong Kongers face familiar problems over scarce jobs and high rents. But by taking on China’s authoritarian regime, they have assumed pole position in a struggle against autocratic “strongman” rulers everywhere. Their campaign has international resonance, which is why China’s President Xi Jinping fears it.
It is difficult, if not perverse, to watch protesters risking torture and death by challenging Egypt’s dictator, Abdel Fattah el-Sisi, and not relate their daring both to Hong Kong and, say, to Kashmiris’ efforts to throw off the yoke imposed by another “strongman”, India’s Narendra Modi. When Palestinian youths taunt the Israel Defence Forces with flags and stones, are they not part of the same global fight for democratic self-determination, basic freedoms and human rights espoused by young Muscovites opposing Vladimir Putin’s cruel kleptocracy?
In this sea of protest, a common factor is the increased willingness of undemocratic regimes, ruling elites and wealthy oligarchies to use force to crush threats to their power – while hypocritically condemning protester violence. Repression is often justified in the name of fighting terrorism, as in Hong Kong. Other culprits include Saudi Arabia, Turkey, Myanmar and Nicaragua.
Another negative is the perceived, growing readiness of democratically elected governments, notably in the US and Europe, to lie, manipulate and disinform. Distrust of politicians, and resulting public alienation, is the common ground on which stand France’s “gilets jaunes”, Czech anti-corruption marchers and Extinction Rebellion. As William Hazlitt, the 18th-century essayist and celebrated mocker of Wordsworth might have said, disbelief is the new spirit of the age.
Perhaps these protests will one day merge into a joined-up global revolt against injustice, inequality, environmental ruin and oppressive powers-that-be. Meanwhile, spare a thought for a different type of protest – the one you never hear about – and what that may entail. The stifling silence that hangs over North Korea’s gulag, China’s Xinjiang and Tibet regions, and dark, hidden places inside Syria, Eritrea, Iran and Azerbaijan could yet descend on us all. What helps protect us is the noisy, life-affirming dissent of the young.

 

viernes, 1 de septiembre de 2017

Sem papas na lingua. Como entender a maneira direta dos holandeses



      Um país onde se tu perguntas, que tal estás, un Ok. é o mesmo que dizer estou  maravilhoso, muito bem. Se tu perguntares  vas ouvir em linguagem direto , talvez incluso grosserias. Não é grosseiro, se calhar, é diferente. E a maneira direta de expressar-se os holandeses. 
(fonte)

Resultado de imagem para fotos de holanda en primavera


Em minha primeira entrevista de trabalho na Holanda meu futuro chefe me pergunta “você já experimentou o homem holandês?”. Arregalei os olhos e pensei “socorro, estou na empresa certa?”, mas como uma lady, só consegui dizer: “sorry?”. Foi quando ele entendeu como a frase tinha soado em inglês, viu as outras entrevistadoras rindo e me pediu milhões de desculpas. O que ele realmente queria dizer era se eu já tinha experimentado um homem holandês sendo muito direto comigo, como eu tinha me sentido e se estava preparada para lidar com essa cultura. Ufa! Enfim, quebrou qualquer gelo que podia estar no ambiente.
Foi aí que comecei a pensar que sim, eu já tinha passado por isso. Não da mesma forma que uma guia turística de Amsterdam, que perguntou ao namorado se achava que ela estava um pouco gorda e ele prontamente disse que “sim”. Não contente, ao olhar a expressão dela de “sério mesmo?”, ele complementou “ah, mas se é algo que te incomoda porque você não começa a ir na academia?”
Eu tenho alguns exemplos: um amigo veio me questionar se meu pai aprovava o tamanho do vestido que eu estava usando; em outro caso, um outro colega me disse que minha pergunta era óbvia demais,  e já teve até uma pessoa que comentou que o queijo que eu estava comendo era muito fedido. Essas coisas nem me abalaram.
O ponto é, sabe aquele estereótipo dos europeus que diz que eles são mais diretos que nós, latinos? Então, aqui é “na lata” sem “papas na língua”, afinal, se você perguntou eles partem do pressuposto que você quer saber a verdade, não é mesmo?
Em um país que nem a vendedora da loja fala “nossa essa roupa caiu muito bem” precisamos de um tempinho para explicar como entender essa cultura.
Regra número um: se você não está preparado para ouvir a verdade, não pergunte. Simples assim, porque você irá ouvir. A questão é, nós não estamos acostumados com respostas honestas logo de cara. No Brasil, se você quer dizer algo ruim ou não tão agradável a alguém, primeiro você fica dias pensando em casa na melhor maneira de dizer. Você escolhe até o lugar e talvez um agrado para levar para a pessoa não ficar chateada.
Finalmente, você decide marcar o encontro e diz o que estava pensando, mas de uma forma tão elaborada e dando tantas voltas que você não tem certeza se conseguiu passar a mensagem que queria. Isso soa familiar? Não seria mais fácil simplesmente falar o que estamos pensando?

Regra número dois: saiba separar sinceridade de grosseria. É claro que nem todos os holandeses são simplesmente honestos, alguns são de fato grosseiros. Mas, o importante é saber interpretar as diferenças e estar aberto a isso. Uma maneira de avaliar é a relação que você tem com a pessoa. Se vocês estão tendo uma conversa tranquila e de repente você escuta uma frase que te parece totalmente grosseira, preste atenção na pessoa e veja a reação dela, dá para perceber que é a maneira natural de falar. Seja atento à isso e aos poucos você vai acostumando e sabendo interpretar os sinais.
Regra número três: não é errado dizer que não gostou, que não se sente bem, que não quer fazer algo. Você pode dizer “não” sem ofender alguém. Por um momento você pode pensar “Até parece!! Essa aí pirou”, mas na verdade o que você deveria estar pensando é “Calma, você quer dizer que se eu não quiser sair, eu não preciso inventar uma desculpa para explicar porque não vou pra pessoa não ficar chateada? Ou se eu não gostar
de alguma comida eu posso simplesmente dizer que não gostei?” Isso mesmo! E sabe do melhor? É totalmente normal! Claro que você não vai dizer “é, de fato, essa comida estava péssima”, mas vocês entenderam.

Regra número quatro: não julgue na primeira vez. Esse comportamento direto é totalmente novo para nós e isso pode nos levar a fazer pré-julgamentos. Dê uma chance para entender a pessoa, ver como ela se porta e aí realmente julgar se de fato o jeito de falar dessa pessoa te incomoda. E sabe do que mais? Se a resposta for “sim, me incomoda”, não leve desaforo para casa. A melhor maneira de resolver os problemas é conversando e tem coisa melhor que uma conversa honesta e sincera em que você pode expor todas as suas opiniões e se entender de uma vez por todas?
“Ok, eu entendi. As pessoas são sinceras, isso dói, eu tenho que aceitar e pronto?”. Não se desespere, agora vem a regra de ouro: você não é obrigado a gostar dessa maneira de ser, mas precisa saber que aqui é assim que funciona. E, sabendo disso, você vai conseguir transitar pelos ambientes, conversar com pessoas e não se estressar por coisas pequenas com muito mais facilidade. Os seus olhos cansam de se arregalar o tempo todo e depois de um tempo vira tão normal que você responde “ok”. Ah, essa é outra coisa.
Aqui se você pergunta se uma pessoa está bem, não espere ouvir “nossa, estou maravilhosa, sucesso absoluto, que dia!”. Se a pessoa está muito bem ela diz “estou ok”.
Como sobreviver a essa resposta? Hoje em dia no meu vocabulário “ok” significa “demais”. Isso faz meu coração mais feliz.
Tenha sempre em mente: não é pessoal, é só diferente!