lunes, 15 de febrero de 2016

Acasos e aventuras dum aprendiz de hortelão. Como tentar comprar uma gadanha e sem saber porqué.




   Fui  no sábado  comprar uma gadanha a uma loja de ferramentas em  Xinzo. A loja é grande, muito conhecida e tem um grande surtido de tudo tipo de materiais , ferramentas e utensílios de toda forma e maneira que um possa imaginar.  É uma loja de ferramentas clásica, embora  muito grande. Não é uma modernidade de centro comercial dos  que há agora onde  têm vários departamentos e os produtos estão coladinhos  por sectores, marcas, características  etc. Não aqui  tudo o contrario isto é uma anarquía assentada num baixo muito grande dum predio. Aquí há tanta coisa que é difícil  procurar alguma coisa para um servir-se. Embora , isto  não quer dizer que seja difícil encontrar algo. Tudo o contrario aquí encontrase tudo e tens informação  de tudo em pouco tempo, pois detrás  dum balcão ja roído pelo tempo,  feito de madeira grisalha, havia dois operarios, empregados da casa,  com fato de vendedores; também havia  uma mulher de meia idade e um idoso, istes dois além de dipostos vendedores  pareciam serem parceiros e que partillavam   na direção.  O idoso  a primeira vista parecia um camponês que andava a procura de alguma coisa, mas,  tanto ele como a mulher,  atendíam o público com ar de chefes  pois talvez fossem  parceiros da família  que  chefiava a   empresa. A atenção era máxima e óptima. Eu acostumado  os novos estilos  de loja,  entrar, buscar, não perguntar,  andei cara adiante, dando voltas entre estantes  cheios de artículos  que chegavam o tecto,tralha nova e velha pendurada por aquí e lá.  Mergulhado na quela selva de artigos de todo tipo , ia  na procura do lugar onde encontrar por fim as tais  gadanhas. Só para orientar-me sobre o seu  prezo.Foi assim como encontrei por un acaso e com grande sucesso um estante com umas poucas. 

    O porque desta procura que me levou até alí foi um pouco obrigado pelo desconhecimento de quanto podía valer o prezado material.  Também a  vergonha de perguntar antes e dar explicações por andar eu brincando com coisas tão serias como esta. Além disso também  não gostava de  dar contas os fiscais do balcão da loja que veriam em mim um inexperto aprendiz ou um friki no mundo da lavoura e a agricultura. Nem tampouco queria passar o juizo dos fregueses compradores, camponeses da contorna que ja tão cedo enchiam a zona do balcão da loja onde ficava o nosso juri de empregados e chefes dispostos a impartir sabidurìa sobre todo tipo de trebelhos de ferramentas e vender tudo o que for possível.
    Seja o que for, houvesse quem  houver eu tinha que render contas a alguém se de verdade queria tentar convencer-me  se  era ou não do meu interesse comprar a gadanha, pois é  instrumento  para a agricultura ja pasado de moda e que leva consigo o mito de que só um bom gadanheiro  é capaz de  saber dar-lhe jeito  técnico  e bom uso. Além disso  o esforço físico da  gadanha não é para todos e hoje em dia bem se sabe que não  concebermos  fazer nada na lavoura  que não seja mecanizado. Ainda bem se escuta entre os camponêses a frase  de que "trabalhe o gasóleo".


     Quando vi  a gadanha esta não tinha preço colado  e tive que pasar pela consulta dos funcionarios do balcão.  Tocou-me o velho,  o suposto  chefe  idoso, que estava  a ajudar e a vigiar o  seu negocio familiar que ele seguramente levantou depois de uns começos muitos difíceis etc etc.
       - Desculpe, que preço tem esta gadanha. Pois não tem o preço colado e , de forma tímida dise-lhe, gostaria de ter  uma referencia.
         O homem olhou-me, com retranca e de maneira  entre desconfiante e incrédulo, sendo consciente de achar  que perdia o seu prezado tempinho  dum dia que prometia cheinho de vendas e dinheiro .  Então tirou do seu caderno plastificado, velho e sujo de andar envolto  naquele palacio industrial,  reflolhou-o e disse-me com tona severa, e engadiu
        -Vamos lá ver.
      - A gadanha, só o fío vale cincuenta euros. O  braço que engarza na mesma vale trinta euros. Também há que engadir que os utéis para crabunha e afiar, martelo, ferro etc. são trinta euros. Ou seja estamos a falar de cem euros e olhava-me dizendo-me,  para que quererás tu uma gadanha. E no seu pensamento pareceume lêr, se não vis-te  nenhuma , bem seguro.
       Então respondi
     -  Assim  é para mim   muito cara. E disculpei-me dizendo que realmente para o que eu a preciso  tem um preço muito  alto.
       Ele respondeu com muita sorna
       Isso  ja o sabia eu , isso já o sabia eu. Depois em tona  amigável continuo a dizer que  compreendia a minha actitude  pois aquilo era muito caro e  por isso ha faz tempo que não se vendiam muitas, mas bem   vendiam-se   poucas. 

        A mulher, mais joven e que atendia a tudo o que fazia o idoso,  também falou, e para solidarzar-se comigo, diz  que ainda eran  mais caros os aparelhos de  crunhar  que a gadanha mesma, magoando-se de  tal situação. E os camponeses que seguían  com as suas perguntas , consultas  e compras e o mesmo tempo olhavam curiosos para a situação , perguntavam-se porque ou  para que um tipo como eu , com aparência de gente  de cidade,  andava a interesar-me em comprar uma gadanha. Eles ficaram com a duvida  e seguirão assim  porque não lêem,  provavelmente,  este blog  onde no seu momento  explicarei outro día porque eu quero comprar uma gadanha.

     Agradeci o trato e despedi-me da loja de ferramentas, e ja pelo caminho  reflectí que  para um aprendiz de hortelão estas lojas de ferramentas clásicas são como a faculdade universitaria da lavoura. O pessoal  aprende, conhece, da e amplia conhecementos sobre coisas e materiais que um nem imagina.



                                             um gadanheiro está a crunhar a sua gadanha. 



A Revolta da Maria da Fonte ou de como as mulheres lideraram um movimento popular  levou as mulheres a armarem-se com sacholas, foices e gadanhas, paus e varapaus, contra a política e a exploração económica imposta ...

domingo, 14 de febrero de 2016

Faladoiro (lugar no que se murmura)


    El Trabajo no te garantiza el éxito, pero....
    La pereza es el camino más corto al fracaso.



Non vou a deixar de falarlle só porque non me escoite. Gústame escoitarme a min mesmo. É un dos maiores praceres da vida. Acotío manteño longas conversas comigo mesmo, e son tan intelixente que ás veces non entendo nin unha verba do que falo”.
Oscar Wilde

jueves, 11 de febrero de 2016

martes, 9 de febrero de 2016

Rematou o carnaval. Viva a Rambóia



Publicado el 16 feb. 2014
Num espectáculo com animação do princípio ao fim, Augusto Canário gravou ao vivo no Multiusos de Guimarães.     no 1:42  Rambóia da Galiza

lunes, 8 de febrero de 2016

O extrano pracer de rexeitar un encontro.

   
O señor rematara a sua vida profissional como alto cargo do exército. Era un xeneral xa fora de servizo. Xa remataran  as  responsabilidades, as chamadas, os  subordinados, o conselo do  axudante de campo. Xa  ninguem chamava para combinar un encontro, xa fose   un político, um  empresario, un compañeiro de profesión, ninguén.  Xa ficaron atrás  as reunios co seu axudante para decirlle que  había que revisar a axenda  e engadirlle que haveria que anular   tal ou cual  cita ,  imos ver tamén estoutra e mais aquela. En confidencia decirlle o seu axudante que  non quero ver  de momento  o señor  Fontes, arranxe a cousa como poda, dialle largas ; desculpeme  cos veteranos lexionarios e coa asociación de veciños de Paríso Tropical e digalles que   non poderei  asistir a sua festa anual.  No que respeita a empresa do presuposto dos xardíns, deixe andar, se lles interesa xa chamarán.

    Un día qualquera dun inverno qualquera, aburrido no seu salón, ollando  o escuro da tarde de chuvia, descolgou o teléfono e chamou o seu antigo axudante, tamén retirado,  que agora tamén andava libre de cargos e  disposto como nunca  para os  asuntos do seu ex-xefe, e ainda lle quedaría seguramente algo da antiga fidelidade que o xunguiu a él.  Faloulle, recordoulle vellos tempos, perguntoulle, como é emn obriga,  como lle iba e  dixolle que tiñan que tomar algo xuntos pra falarem . Que lle gostaría    poderem-se ver  para tomarem xuntos un café. Iso si havia que ollar pra procurar un momentiño  porque  andava moi ocupado, como sempre, xa me entendes,  entre unas cousas e outras non paro. O seu ex-axudante comezou  como nos vellos tempos a refollar mentalmente a axenda e dandolle o seu ex-xefe posibilidades de  días, horas, buscando acertar, recordando os vellos gustos dele.  O Xefe   ia respondendo  sen asegurar o encontro. Este día imposible, na quarta de ninguna maneira. Total non deron combinado para tal encontro.  E adiaron un cafeciño  para outras datas que xa verían.

    Colgou, despediuse do seu  ex colaborador , respirou e dixo-se a se mesmo :  Quanto tempo sem negarlle a ninguem una cita, un encontró, precisava decirlle a alguém que non. Agora sinto-me mellor, precisaba de decirlle , non, a alguém. Se está interesado xa chamará.

jueves, 4 de febrero de 2016

Exactissimamente/ momento brincadeira

fonte El Mundo Today

La afición del Oporto intenta animar a Iker Casillas cantándole fados

El Gobierno cubre a Mariano Rajoy con una mampara durante la visita del presidente iraní.




Pablo Iglesias hizo un Florentino y le dejó hecha la alineación a  Pedro Sánchez



Exactíssimamente




El miedo a que  Podemos cumpla su programa. José María Aznar



    Artigo de Xardón Dacal.  Sempre con artigos interesantes na LARegión, amén de comenzar sempre cunha cita de Pessoa, sempre tán chea, plena e lúcida, asim comenza a gañar o leitor.

o  club dos raposos calvos.  ( Xosé Antón Xardón Dacal)







¿Se irá Inglaterra de la UE? Referendúm.



 La democracia Inglesa es tan peculiar que a nos sorprende con cosas muy democráticas. Contra todo pronóstico CAMERON  se lanzó con un referéndum en Escocia  sobre independencia o no. Solucionó políticamente un problema de años y por el momento gestionó la colisión política con una  alternativa democrática y social que permite convivir al Estado y dar servicios y seguridad jurídica a sus ciudadanos. Lo que venga en el futuro vendrá, de momento Cameron solucionó el asunto democrática y pacíficamente.

lunes, 1 de febrero de 2016

Fernando Pessoa




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   Trechos do livro do desassossego :   




Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A

música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e o 

representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um 

sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de 

fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. 

Não é esse o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história 

do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a 

expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, 

pois que ninguém fala em verso